TRANSPORTES E VIAS DE ACESSO
A Ferrovia Bandeirantes SA (Ferroban) é a empresa ferroviária que opera a linha férrea de Botucatu e, corta o município de leste a oeste. Até 1998, as estradas de ferro pertenciam à Ferrovia Paulista S.A. (Fepasa), quando foi extinta e incorporada à Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA). No mesmo ano houve o leilão de desestatização promovido pelo Governo Federal e a Ferroban arrematou boa parte da malha ferroviária paulista durante esse processo.
Em 2006, o controle acionário* da Ferroban foi adquirido pelo Grupo América Latina Logística - ALL, que também passou a administrar outras ferrovias da Região Centro-Sul do Brasil, tornando-se a maior companhia ferroviária do País. Hoje, Botucatu faz parte da estra¬da de ferro que integra o corredor ferroviário Corumbá (MS) - Santos (SP).
Pela via férrea de Botucatu passam diversos produtos, como soja, farelo de soja, ferti¬lizantes, derivados de petróleo, açúcar, milho, entre outros.
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ
A Hidrovia Tietê-Paraná é um sistema de navegação formado a partir de um conjunto de eclusas em cascata, unindo lagos de usinas hidrelétricas situadas nos rios Tietê e Paraná. As oito eclusas, construídas entre 1969 e 1998, tornaram navegáveis seus 2.4QO quilôme¬tros, permitindo um expressivo aumento no volume de cargas transportadas. A hidrovia liga o Estado de São Paulo - região mais rica e industrializada da América Latina - ao Centro-Oeste e o Sul do Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai, constituindo, assim, a rota natural de integração do Mercosul.
Pelos terminais hidroviários instalados nas cidades de Anhembi e Conchas - ambas no Rio Tietê, distantes cerca de 200 quilômetros de São Paulo -, e Santa Maria da Serra, no Rio Piracicaba - distante 230 quilômetros -, a Hidrovia Tietê-Paraná liga o macroeixo São Paulo¬-Campinas-São José dos Carnpos-Sorocaba à cidade de Foz do Iguaçu, na divisa com Argentina e Paraguai, percorrendo uma distância de 1.642 quilômetros.
A AES Tietê é a empresa responsável pela operação e manutenção das eclusas das usinas hidrelétricas de Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão e Nova Avanhandava, e pelo aprimo¬ramento da hidrovia. Com isso, permite atualmente que até 10 milhões de toneladas de car¬gas sejam transportadas pelo Rio Tietê no período de um ano. Com as eclusas, as embarcações podem transpor as barragens do médio e baixo curso do Rio Tietê, que alcançam até 30 metros de altura, e prosseguir com o transporte de cargas, integrando a Região Metropolitana de São Paulo e o entorno da Usina de Itaipu, no Paraná.
Hoje, a Hidrovia Tietê-Paraná transporta cerca de 5 milhões de toneladas anuais, por distâncias médias que variam de 15 quilômetros (pedra) a 759 quilômetros (soja), sendo 1 milhão de toneladas de cargas de médio e longo curso (soja, farelo de soja, óleos comes¬tíveis, cana-de-açúcar, milho, trigo, areia, madeira, fertilizantes e calcário agrícola).
Adaptado de Gazeta Mercantil (SP) e Gazeta Brasil, 26/4/2004.
AEROPORTO DE BOTUCATU
Localizado na Estrada Municipal Alcides Cagliari, está a 10 quilômetros ao sul dei centro urbano de Botucatu e a 268 quilômetros de distância por rodovia da capital de São Paulo. Já a distância aérea ou linear é de 223 quilômetros.
O Aeroporto de Botucatu foi inaugurado em 1942 com o nome de Nilo de Andrade, en¬tão secretário de obras do Estado de São Paulo sendo controlado pelo DAC (Departamento de Aviação Civil) desde sua inauguração. Uma lei datada de 14 de maio de 1985 deu ao aeroporto o nome de Tancredo de Almeida Neves. Hoje é administrado pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp).
O aeroporto possui 1.500 metros de pista asfaltada e equipamentos apropriados para operar 24 horas por dia com segurança, tais como: sinais de pista (cabeceira e eixo), luzes de cabeceira, de pista, de taxiamento e de obstáculos e farol rotativo, plenamente capacita¬do a operar aviões de médio porte como o Fokker 100, típicos da aviação regional.
Possui excelente infraestrutura*, com seis hangares, e abriga um centro de abastecimen¬to de combustível para aeronaves, aeroclube, oficina de manutenção e de reposição de peças e uma unidade montadora de aeronaves da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.).
A Unidade Botucatu da Embraer (fábrica de aeronaves) é especializada em produzir aviões pulverizadores para uso agrícola do modelo Ipanema, além de aviões turboélice bimotores do modelo Embraer-120 Brasília.
Em 2008, a média foi de 5,5 pousos e decolagens por dia com movimento de 1.175 passageiros entre embarque e desembarque.
RODOVIAS
Duas grandes rodovias estaduais são fundamentais para o município de Botucatu: as rodovias Castelo Branco (prefixo SP-280) e Marechal Rondon (prefixo SP-300).
A rodovia SP-300 atravessa o centro urbano de Botucatu. Tem seu início no município de Jundiaí e termina no município de Castilho, na divisa com o Mato Grosso do Sul, ligando municípios paulistas como Porto Feliz, Tietê, Laranjal Paulista, Conchas, São Manuel, Lençóis Paulista, Agudos, Bauru, Pirajuí, Cafelândia, Lins, Penápolis, Araçatuba, Vai paraíso e Andradina. No trecho entre Jundiaí e Itu a SP-300 recebe o nome de Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto.
A SP-300 faz parte do Programa Estadual de Desestatização e Parcerias com a iniciati¬va privada do Governo do Estado de São Paulo. Atualmente, o trecho leste da rodovia, que passa por Bauru, Agudos e Botucatu, está sob responsabilidade do consórcio Brasinfra.
A idéia do programa de concessão é melhorar as condições do tráfego e oferecer mais segurança e conforto nos trechos concedidos às empresas (concessionárias) com capital privado, liberando os recursos do Estado para outras atividades.
Já a SP-280, que passa ao sul do município de Botucatu, encontra-se sob administra¬ção da Concessionária de Rodovias do Oeste S/A - Viaoeste.
A rodovia começa na Região Metropolitana de São Paulo e termina no entroncamento com a SP-225, em Santa Cruz do Rio Pardo. No município de Itatinga há uma interligação entre a SP-280 e a SP-300, através da Rodovia João Hipólito Martins (SP-209).
Fonte: ATLAS ESCOLAR HISTÓRICO E GEOGRÁFICO - Ferreira-Cesar Cunha (ed. 2009)
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