Nosso município pode ser dividido em três regiões naturais: a da Baixada, o Topo da Cuesta e a Frente ou Front da Cuesta.
Essa forma de relevo lembra um degrau entre dois planaltos: o da Baixada ( 400 a 600 m. de altitude) e o Topo da Cuesta (700 a 950 m.) onde se localiza o município.
A área que erroneamente chamam de serra, é na verdade o Front da Cuesta, por onde passa a rodovia Marechal Rondon e onde se localiza a igrejinha com seu mirante espetacular. Aí também se pode ver claramente através dos cortes feitos para a construção da rodovia, as várias camadas intercaladas entre arenito e basalto e esse último, exibe de forma bastante explicita as várias fases de decomposição que sofreu, mostrando desde a sua forma original (camadas mais baixas) até o estágio final que é o solo (camadas superficiais).
A primeira região ou Baixada é dominada por colinas suaves cortadas pelos afluentes do rio Tietê. É onde também se localiza o Morro do Peru e o Gigante Deitado, formações mais resistentes (testemunhos) que não cederam à força erosiva do tempo.
A segunda região, a do Topo, exibe espigões que são os divisores de água das bacias do Tietê e do Pardo e de seus afluentes. Esses espigões se encontram bastante erodidos pelos rios e pelas chuvas. Terrenos de maior resistência a essas erosões formaram morros como o de Rubião Junior (950 m.), onde se encontra a igreja de Sto. Antônio com sua vista panorâmica da região.
Muitos perguntam se o morro de Rubião é ou foi um vulcão, devido ao seu formato que muito lembra alguns tipos de montanhas vulcânicas. Na realidade ele é mais um dos morros que ofereceram maior resistência aos agentes erosivos e por isso conservaram suas altitudes até os dias atuais.
Porque Cuesta e não Serra?
As serras são formadas por sucessivos morros alinhados lembrando os dentes de uma serra ou serrote.
Já a Cuesta possui uma única inclinação ou escarpa (cuesta = costa em castelhano) e uma descida suave. Portanto o termo serra, apesar de muito utilizado, não é o termo cientificamente correto para se referir a essa região. A cuesta de Botucatu é parte integrante da chamada “Serra Geral”.
A Formação Serra Geral é uma formação geológica constituida por rochas magmáticas relacionada aos derrames e intrusivas que recobrem 1,2 milhões de km² da Bacia do Paraná, abrangendo toda a região centro-sul do Brasil e estendendo-se ao longo das fronteiras do Paraguai, Uruguai e Argentina. O vulcanismo Serra Geral ocorreu no início do Período Cretáceo, entre 137 e 127 milhões de anos, e está associado ao processo de ruptura do supercontinente Gondwana e à formação do Atlântico Sul. Este evento resultou na formação de espessa sucessão vulcânica e é uma das maiores extrusões ígneas do planeta, se estendendo até o continente africano, na Bacia de Etendeka, na Namíbia e Angola. A Formação Serra Geral pertence à supersequência estratigráfica de segunda ordem denominada Superseqüência Gondwana III.
Parabéns, Miguel.
ResponderExcluirCom certeza o blog não está limitado aos alunos interessados em estudar geografia, mas também à todas as pessoas que buscam informações interessantes e importantes contidas no mesmo.
A interface utilizada é ótima, o conteúdo bem abrangente, posso dizer que, verdadeiramente, me impressionou. Foi um trabalho muito bem feito.
Esse blog já tem um fiel seguidor.
Um grande abraço e sucesso.
André Brambilla
parabens miguel
ResponderExcluirme ajudou muito tirar minha duvida
onde fica a matriz
da paroquia santo antonio