28 de jan. de 2010

Uso e ocupação do solo

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

o uso e a ocupação do solo são determinados pelo conjunto das atividades e assentamentos de uma sociedade sobre o espaço (território). Pode-se considerar que o uso e a ocu¬pação do solo são a projeção da produção social no espaço geográfico. Entretanto, para evitar conflitos de interesses, que geralmente ocorrem entre os meios produtivos e a população, é necessária uma regulação espacial.
No âmbito municipal, o principal instrumento para estabelecer regras de regulação e con¬trole do espaço é a lei de zoneamento, ou leis de uso do solo, estabelecida no Plano Diretor do município.
O conhecimento do uso e da ocupação do solo, bem como da situação geográfica de uma determinada região, fornece elementos essenciais para o planejamento municipal. É por meio dessas informações que se estabelecerá uma política de preservação ambiental e de organização urbanística, e uma política habitacional e de desenvolvimento agropecuário, comercial e industrial, visando ao desenvolvimento econômico e social do município, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida da população.
Uma das formas de entender o município de Botucatu é analisar a dinâmica do uso e da ocupação do solo. O mapa da página 53 permite observar que a silvicultura, principalmente de pínus e eucaliptos, recobre boa parte do território botucatuense, principalmente ao sul do município, na margem esquerda do Rio Pardo, o que se explica por sua importância econô¬mica (matéria-prima para indústria de beneficiamento de madeira e de fabricação de papel). Contudo, entre 1996 e 1999 observou-se uma redução da área em 5% em relação à área do município. Igualmente houve uma diminuição da área destinada à cultura canavieira, que se estende atualmente por poucas e pequenas áreas do município.
A pastagem é o elemento paisagístico predominante no município de Botucatu, cobrin¬do cerca de 50% do território em meados da década de 1990. O predomínio pecuário é notado pela presença de solos arenosos com baixa fertilidade (principalmente o argissolo); porém, com as novas técnicas no preparo do solo, associadas ao desenvolvimento de novos adubos e fertilizantes, a agricultura avança sobre as áreas de pastagens, restando hoje cerca de 25% da área do município destinados à pecuária.
Tanto a redução do pasto como das plantações de cana-de-açúcar estão relacionadas ao crescimento do plantio dos citrus (laranja e limão), devido a sua alta rentabilidade econômica.
Em relação à mata nativa, o que restou basicamente foram as matas ciliares (vegetação junto aos rios e córregos), porções isoladas (ilhas de florestas nativas) e poucas áreas contínuas, com maior concentração na frente da cuesta, onde o relevo acentuado dificulta o uso e a ocupação antrópica.
Para termos uma ideia melhor da dinâmica do uso e ocupação do solo em Botucatu analisaremos duas pequenas parcelas do município - representadas nos mapas das páginas 54 e 55 +, relativas a duas bacias hidrográficas do município.
Os mapas da página 54 retratam o uso e a ocupação do solo em 1972 e em 2000 na bacia hidrográfica do Ribeirão Faxinal. Com 51,7 km2 de área, nessa região observaram-se algumas modificações ao longo do período.
Quanto à vegetação natural, constatou-se que as florestas tropicais isoladas (ilhas de vegetação) e o cerrado diminuíram consideravelmente, porém houve um pequeno aumento da mata ciliar no mesmo período.
Na bacia hidrográfica do Ribeirão Faxinal a paisagem é dominada pelas pastagens.
O predomínio da pecuária manteve-se ao longo dos anos, com cerca de 60% da área destinados a essa atividade. Já o café, praticamente desapareceu na região.
As atividades que cresceram e tiveram destaque no local foram a silvicultura, principalmente com eucaliptos, e o cultivo de citrus (limão e laranja).
Os mapas desta página representam a bacia hidrográfica do Rio Capivara, com 222,18 km2 de área, onde podemos acompanhar as mudanças no uso e na ocupação do solo no período de 2000 a 2006.
Neste pertooo houve um rápido decréscimo das áreas de pastagens, de (50% para aproximadamente 40% da área total da bacia. A pecuária vem perdendo espaço devido ao expressivo avanço da citricultura e da silvicultura. Esta afirmação fica evidente no mapa, onde é possível observar que os outros elementos de uso e ocupação ficaram praticamente estabilizados em comparação com a diminuição da área pecuária e a expansão do cultivo da laranja.
Daí a importância do estudo da evolução do uso e da ocupação do solo, pois per¬mite observar as tendências econômicas e sociais sobre o espaço municipal, dando con¬dições para que o dirigente do município estabeleça regras e políticas públicas que incentivem o crescimento econômico em harmonia com o meio natural (desenvolvimen¬to sustentável).
No caso do município de Botucatu, devido a boa rentabilidade oferecida pela produção da laranja, SObrepondo ainda o cultivo do milho e da cana-de-açúcar (culturas ainda expres¬sivas na região), bem como o retorno econômico proporcionado pela silvicultura, a tradicio¬nal atividade pecuária perde espaço e aos poucos vem modificando a paisagem e o perfil socioeconômico e ambiental da cidade.

Fonte: ATLAS ESCOLAR HISTÓRICO E GEOGRÁFICO - Ferreira-Cesar Cunha (ed. 2009)

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RUA DO COMÉRCIO CENTRAL

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Vista parcial da Cidade

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Largo da Catedral

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Consulado de Portugal

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Praça Emílio Peduti

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Igreja de Rubião Jr.

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Nascente do Rio Pardo

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Rio Alambari

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Rio Bonito (Tietê)

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Ruinas da Igreja ao pé da Cuesta

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Subida da Cuesta (rodovia Mal. Rondon)

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